Crise financeira europeia e sistemas de saúde: universalidade ameaçada? Tendências das reformas de saúde na Alemanha, Reino Unido e Espanha

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Lígia Giovanella
Klaus Stegmüller

Resumo:

O artigo analisa tendências de reformas de saúde contemporâneas, em contexto de forte pressão financeira, resultante da crise econômica iniciada em 2008, em países europeus com sistemas nacionais de saúde (modelos bismarckiano e beveridgiano) e discute suas consequências para a universalidade. São analisadas reformas recentes na Espanha, Alemanha e Inglaterra. Para descrição dos sistemas de saúde, utiliza-se matriz comparativa da intervenção estatal no financiamento, regulação, organização e prestação de serviços. O exame das repercussões das reformas sobre a universalidade é realizado com base em três dimensões: amplitude da cobertura populacional; abrangência da cesta de serviços; nível de cobertura por financiamento público. Modelos de proteção em saúde, institucionalidade, constelação de atores e posição na economia europeia diferenciados condicionaram as repercussões das políticas restritivas. Elas afetaram a universalidade nas três dimensões, com distinta intensidade nos países, e aprofundaram políticas prévias de competição regulada e comercialização.

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Palavras-chave:
Acesso Universal a Serviços de Saúde; Reforma dos Serviços de Saúde; Política de Saúde