Ciclosporina versus tacrolimus no transplante renal no Brasil: uma comparação de custos

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Augusto Afonso Guerra Junior
Francisco de Assis Acúrcio
Eli Iola Gurgel Andrade
Mariângela Leal Cherchiglia
Cibele Comini Cesar
Odilon Vanni de Queiroz
Grazielle Dias da Silva

Resumo:

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável maioria dos transplantes renais. Para a manutenção dessas intervenções, os protocolos recomendam uso da ciclosporina ou tacrolimus, associado com corticosteróides e azatioprina ou micofenolato. Na perspectiva do SUS, realizou-se análise econômica sobre recursos ambulatoriais, hospitalares e medicamentos utilizados por paciente e grupo terapêutico. Foi construída coorte de 2000 a 2004, com 5.174 pacientes em transplantes renais e em uso de ciclosporina ou tacrolimus, identificados por relacionamento probabilístico em registros do SUS. A coorte continha 4.015 pacientes em uso de ciclosporina e 1.159 com tacrolimus. A maioria era do sexo masculino, idade < 38 anos, cujos diagnósticos primários mais freqüentes eram nefrites, doenças cardiovasculares e causas indeterminadas. Após 48 meses, observou-se gasto superior para transplantes renais em hospitais do Nordeste, doador cadáver, naqueles em diálises > 24 meses antes do transplantes renais e no grupo do tacrolimus. Constatou-se maior gasto total com recursos hospitalares, ambulatoriais e medicamentos para os transplantes renais em pacientes com esquemas com tacrolimus, quando comparados com o grupo da ciclosporina.
Palavras-chave:
Transplante Renal; Gastos em Saúde; Economia da Saúde