Hipertensão arterial sistêmica auto-referida: validação diagnóstica em estudo de base populacional

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Maria Aurora Dropa Chrestani
Iná da Silva dos Santos
Alícia M. Matijasevich

Resumo:

Com o objetivo de investigar a validade do auto-relato de hipertensão arterial, realizou-se estudo transversal, de base populacional, com indivíduos de 20 anos ou mais de idade, residentes em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, selecionados por amostragem probabilística em dois estágios. A pressão arterial foi medida duas vezes (cinco minutos de intervalo) em 2.949 participantes visitados em casa. Aqueles com pressão sistólica 140mmHg e/ou diastólica 90mmHg foram revisitados, e a pressão medida mais duas vezes. Conforme padrão-ouro, hipertensão foi definida pela média das pressões na segunda visita ou uso de medicação anti-hipertensiva. O auto-relato foi obtido por meio da pergunta: "Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem pressão alta?". A prevalência auto-referida foi 33,6%, e a medida, 29,5%. A sensibilidade foi 84,3% (IC95%: 81,7-86,7), especificidade 87,5% (IC95%: 86,0-88,9), valor preditivo positivo 73,9% (IC95%: 71,0-76,6) e negativo de 93,0% (IC95%: 91,8-94,1). O auto-relato mostrou-se válido para monitoração da prevalência de hipertensão, um dos mais importantes fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis.

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Palavras-chave:
Hipertensão; Doença Crônica; Saúde do Adulto