Ganho de peso gestacional segundo índice de massa corporal pré-gestacional em adolescentes latino-americanas e sua associação com o peso ao nascer do recém-nascido
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Resumo:
Este artigo tem como objetivo analisar a distribuição do ganho de peso gestacional em um grupo de adolescentes latino-americanas de acordo com seu índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional, classificado com base nos critérios da Organização Mundial da Saúde para adolescentes e adultas, e sua associação com o peso ao nascer do recém-nascido. Trata-se de um estudo longitudinal e retrospectivo que utilizou dados secundários de sistemas de informação perinatal nacionais ou institucionais sobre adolescentes grávidas de seis países da América Latina: Argentina, Colômbia, México, Panamá, Paraguai e Uruguai. O grau de concordância entre os dois critérios de classificação do IMC pré-gestacional foi determinado com a estatística B e o gráfico de Bangdiwala. As associações do peso do recém-nascido com o IMC pré-gestacional e o ganho de peso gestacional foram avaliadas usando modelos de regressão. O estudo teve a participação de 6.141 adolescentes grávidas. Comparado ao critério para adolescentes, o critério de classificação do IMC pré-gestacional para adultos tende a subestimar a categoria atribuída, levando a um maior ganho de peso recomendado. Independentemente do critério utilizado, sobrepeso e alto ganho de peso gestacional associaram-se significativamente a uma maior probabilidade de recém-nascidos com macrossomia e peso ao nascer > P90; obesidade estava associada com peso ao nascer > P90; e baixo ganho de peso estava associado com peso ao nascer baixo, insuficiente e < P10. Em conclusão, o IMC pré-gestacional e o ganho de peso gestacional estão associados ao peso ao nascer de recém-nascidos de adolescentes latino-americanas.