Uma mirada no potencial das Ciências Sociais e Humanas para o enfrentamento dos desafios que se colocam à Saúde Coletiva
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Resumo:
O ensaio busca refletir sobre o enorme potencial que o legado do pensamento feminista negro como teoria social crítica possui para contribuir aos desafios teóricos, metodológicos, políticos e éticos para a Saúde Coletiva. Situando a exposição no campo das Ciências Sociais e Humanas em Saúde, busca-se analisar empiricamente tais contribuições, tendo em vista a trajetória histórica do desenvolvimento dos debates públicos sobre as políticas de atenção à saúde das mulheres, ou políticas reprodutivas, em seus deslocamentos epistemológicos, sociais e políticos, até a implementação da perspectiva da justiça reprodutiva, reivindicada como uma dimensão primordial da matriz interseccional. Ancorado em uma reflexão sobre uma certa trajetória acadêmica de pesquisa nesse campo, o ensaio lança luz para o enfrentamento ético-político das expressivas desigualdades sociais no Brasil.